terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O Santo graal da medicina

Já pensou poder curar a surdez? Ou então poder fazer as pessoas recuperarem a memória? Parece conversa de messias, mas não é. São as células-tronco.


Quando as células embrionárias começam a se especializar, algumas delas perdem a capacidade de reprodução. Às células da epiderme, por exemplo, não são capazes de se multiplicar, entretanto são renovadas com freqüência. Isso ocorre pelo simples fato de que há células-tronco sob a derme que as renovam. Entretanto, essas células-tronco presentes nos organismos adultos (pós-embrinário) são capazes de gerar apenas as células do tecido onde estão. A leucemia, que é causada por uma anomalia nas células-tronco da medula, produtoras de hemácias e leucócitos, é tratada com a aplicação de outras células-tronco de um doador ou do próprio paciente (do sangue presente no cordão umbilical previamente armazenado).


Ainda que o potencial de terapêutico dessas células-tronco adultas elas não são capazes de curar, por exemplo, problemas degenerativos no sistema nervoso . Os neurônios não se multiplicam e os danos ao cérebro são cumulativos. Felizmente, pesquisas com células tronco embrionárias, as que se originam de um embrião em desenvolvimento, apontam um futuro promissor para a cura dessas doenças. O sueco Milos Pekny já conseguiu ativar a produção de neurônios com o uso dessas células. No Brasil, já foram desenvolvidas pesquisas promissoras para a regeneração do pâncreas e possível cura da Diabetes tipo 1. Além disso, cientistas conseguiram tranformá-las em células ciliadas sensoriais, as do ouvido, que se degradam com a idade ou com a exposição a ruídos intensos.


No Brasil é permitido o uso de células tronco à partir de embriões para fins de tratamento e pesquisa desde que eles estejam congelados há mais de três anos ou sejam inviáveis, sendo necessária a autorização dos genitores. Alguns alegam que é um ato contra à vida realizar pesquisas com embriões, outros argumentam que o início da vida só têm início com a diferenciação celular, ou seja, após a transformação das células-tronco embrionárias. Seja como for, é impossível negar a incrível capacidade dessas células de trazer esperanças àqueles que já as perderam.


Um comentário:

  1. Esse teu post me deu três tipo de nervoso...hehehe. Como é angustiante "a gente" ter nas mãos o poder de decidir o que é vida e quando ela inicia, não?

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