segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Salve o Brasil!


É gurizada, hoje é o dia. Comemoramos hoje a emancipação política da cidade mineira de Itabirito. Brincadeiras a parte, hoje relembramos a independência do Brasil, após aquele famosos brado: Independência ou Morte! É bem verdade que muitos historiadores contestam o fato, mas não podemos negar a beleza da atitude, afinal, romper ligações coloniais de mais de 300 anos não é coisa para qualquer um.


No desfile alusivo a essa data eu marchei na avenida, e afirmo, sem sombra de dúvida, que foi um imenso privilégio. São raríssimas as demonstrações públicas de patriotismo, excetuadas as ligadas ao futebol (que são mais ligadas ao futebol do que ao Brasil em si). Suponho que a falta de patriotismo se deva ao desânimo em relação a ética dos órgãos políticos, e justamente por isso que fico perplexo, pois, em uma situação política desagradável é que devemos mostrar nossa insatisfação e vontade de mudança, por um Brasil melhor. Esse é o verdadeiro patriotismo.


Não vou falar sobre o Brasil, a política ou mesmo a governadora, acho que isso desmerece um pouco essa data, falarei sobre o desfile. Há alguns anos, antes de entrar no Colégio Militar, eu assistia o desfile com a minha família. Era bonito, inspirador, como assistir uma boa peça no teatro, aplaudíamos e saímos satisfeitos. Entretanto, quando ingressei no CMPA ( Col. Militar de Porto Alegre) as coisas se inverteram, eu era o ator por trás do espetáculo, obviamente não o protagonista, era mais um dos vários coadjuvantes. Para quem assiste parece muito fácil "sair caminhando", mas não é.


Os bastidores do famigerado 7 de Setembro é que são interessantes, as bandas, as rivalidades históricas entre os Colégios, os alunos/cadetes/militares que passam mal, entre tantas outras coisas. Nesse ano nós desfilamos ás 10h 45 min, mas estávamos em forma desde às 7h 15min. Isso é normal, ficamos em forma, somos "revistados" pelo General e pela governadora, que, pessoalmente, parece bem mais velha. Confesso que tive vontade de lhe perguntar: Porque a senhora não ficou em casa, na mansão, assistindo o desfile pela TV?


Quando a marcha rompe e nós começamos a nos mover é que a coisa fica divertida. Aconteceu um imprevisto com o comandante do meu grupamento e ele teve de ser substituído por uma garota, nada demais, mas a Televisão não deixou de ressaltar o fato. Enquanto marchávamos tínhamos que coordenar as passadas ritmadas de acordo com a nossa banda, pois havia outras 3 ou 4. Durante o percurso nos estaqueamos próximos ao viaduto e, para minha infelicidade, eu me sujei. Aos desavizados, normalmente nos desfiles cívicos os cavalos marcham à frente e eles têm o triste hábito de defecar no caminho. Quando nós paramos na beira do viaduto eu pisei em uma lembrança equina. O pior disso tudo é que nesses desfiles não se para, ao suspender a marcha o indivíduo anda sem sair do lugar, apenas levanta e abaixa as pernas mantendo a cadência, e foi isso que eu fiz.


Em suma meu sapato está se deteriorando. Perto do palanque das autoridades eu apresentei o estandarte (eu carregava a bandeira da minha companhia) e segui marchando. Aprendi uma lição valiosa, por mais leve que seja, a bandeira sempre se tornará pesada no final. Desejo a todos um bom feriado e viva o nosso País!





Um comentário:

  1. na verdade eu sempre achei um saco desfile de 7 de setembro, que eu ia assitir... mas depois que entrei no colégio tudo mudou... foi relente um prazer desfilar

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