Na casa do meu avô havia uma escrivaninha. Não era uma dessas com as quais estamos habituados, fininha com um computador. Ela era grande, maciça, toda quadrada, feita de uma madeira escura e pouco marchetada. Sua presença na sala era imponente.
No tampão da mesa tinha uma gaveta enorme, muito larga. Ao lado da gaveta, guarnecendo a lateral, havia uma porta de fechadura com uns
Quando criança, olhava a mesa e imaginava o vovô atendendo clientes, fechando pedidos, calculando, e, é claro, bebendo uísque sobre a mesa (ela tinha uma marca de copo bem saliente). Em seus 35 anos de serviço fiel, aquela humilde mesa era a companheira inseparável do meu vô.
Um dia, explorando os livros antigos do vovô, começo a mexer na mesa. Tento abrir as gavetas e, para minha surpresa, elas abrem. Dentro encontro réguas, um calendário perpétuo que só ia até 1995 ( não era tão perpétuo) e muitas folhas com cálculos e nomes esquisitos. O que chamou minha atenção foi uma portinha na lateral da mesa. Era algo incomum, com
Eu tentei abri-la, mas era fechada à chave. Forcei a porta como pude e, o material que já era bem velho, cedeu. O “esconderijo” era muito profundo, enfiei todo o braço e tateei algo como folhas, só que mais espessas. Não me contive, curioso, raptei um cabo de vassoura da cozinha e puxei o conteúdo do buraco.
Eram duas gravuras que fiz quando criança. As gravuras eu achei, infelizmente o vovô já tinha partido.
bãi, muito bom, nem parece que fopi tu que escreveu :P
ResponderExcluirai q chato o chemale! ahtri.
ResponderExcluirparece que foi tu sim. muito bem escrito, pra variar. carregado de sentimento, mto bonito. (:
Lindo texto, João... De que vô tu está falando???
ResponderExcluirBeijãozão!
Muito, muito bom. Sentimento, memória, vida....
ResponderExcluirLindo!