terça-feira, 4 de maio de 2010

Das Crenças e dos Credos

Já há algum tempo planejava falar de um tema tão controverso quanto futebol e política. Tudo bem, admito, política não é algo tão controverso quando se fala sobre a ética dos representantes. Meu objetivo é falar sobre religião, a minha religião. Acalmem-se, não vou tentar pregar nem convencer ninguém. Apenas esclarecer.


"Sim, sou ateu graças à deus!" (Adoro essa piada!).
Não acredito em nenhum tipo de divindade ou ser superior, nem na teoria do Desing Inteligente (criacionismo no sentido lato). Na realidade, não me encaixo muito bem na corrente ateística contemporânea, o Neoateísmo, embora seja essa a qual me inspiro, porque sou flexível o bastante para estudar outras formas de crenças e tentar estabelecer um vínculo de dependência entre o homem e um ser superior fictício.


A teoria mais comum, compartilhada e baseada em autores contemporâneos e do final do século 19, é a de que, em algum momento da história humana, surgiu a necessidade da crença em um deus como forma de manter a ordem social vigente. Por outro lado, eu cheguei a outra conclusão que me levou a crer que as divindades são uma forma de nos afastarmos do nosso medo mais fecundo, a morte. Todas, absolutamente todas as religiões do mundo acreditam em uma pós-morte, seja ela o céu, a reencarnação, ou o purgatório. O ser humano acredita em deus simplesmente porque teme a morte.


Como explicar para um pai de família que ele trabalhará por mais da metade de sua vida, desfrutará de uma aposentadoria medíocre quando estiver velho e morrerá? Caso não haja uma forma de recompensa àqueles que cumprirem com o socialmente correto, não teríamos paz.

Um comentário:

  1. Muito lúcido. Acho que as ilusões são necessárias para que consigamos viver, e a crença em um deus, num mundo tão conturbado como o nosso, torna-se imprescindível nesse sentido.

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